Chaves: o dia em que Castanheira ergueu a taça perante o F.C. Porto

Pode parecer provocadora, mas é uma memória verdadeira: Castanheira, o capitão do Desp. Chaves, já levantou um troféu perante o F.C. Porto. Aconteceu há mais de duas décadas, no ano da graça de 1989. O Chaves foi campeão de infantis distrital e Castanheira, como capitão da equipa, ergueu a taça.

Por curiosidade, o então miúdo de apenas onze anos levantou a taça num jogo perante o F.C. Porto. «Nessa época o Desp. Chaves estava na primeira divisão e foi decidido que receberíamos a taça no jogo dos seniores com o F.C. Porto. Foi João Pinto, capitão do Porto, que ma entregou», conta ao Maisfutebol.

«Lembro-me perfeitamente que na altura me disse que esperava que fosse a primeira de muitas», sorri o capitão do Chaves, que este domingo volta a capitanear a equipa num jogo em que os transmontanos podem novamente erguer um troféu perante o F.C. Porto. João Pinto está do outro lado: é adjunto de Jesualdo.

«Depois falámos um pouco, ele perguntou-me em que posição jogava e disse-lhe que era extremo-esquerdo. Ele respondeu-me a brincar que não queria que jogasse bem quando o encontrasse pela frente. Era apenas um miúdo e aquele momento marcou-me. Ainda guardo as fotos para mais tarde recordar.»

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Mais de vinte anos depois desse dia, não deixa de ser curioso que Castanheira tenha nova oportunidade de levantar uma taça inédita na presença do F.C. Porto. As duas equipas defrontam-se este domingo, no Jamor, na final da Taça de Portugal. «É uma coincidência engraçada, sem dúvida», garante o capitão flaviense.

Castanheira diz, de resto, que ainda não se tinha lembrado deste episódio, nem sequer imagina que seja um presságio. Mas não esconde que já sonhou levantar novamente a taça perante o F.C. Porto. «A equipa está com uma grande ilusão. Estar numa final da Taça de Portugal, no Jamor, é marcante para a nossa carreira.»

Ora por isso, o Desp. Chaves promete lutar até à última gota de suor pelo triunfo. A equipa chegou ao fim desta tarde a Lisboa, após uma longa viagem, e chegou cheia de sonhos. Como uma criança de onze anos. «Vamos desfrutar desta final e tentar ganhar o jogo. A ilusão existe, vamos tentar ser felizes.»