Não é certo que Norton de Matos conheça Giuseppe Pillon, o seu homólogo do Chievo. Mas, em caso afirmativo, o técnico do V. Setúbal bem podia fazer um telefonema para Verona, de forma a afinar a receita para o jogo de quinta-feira, para a segunda mão da eliminatória da Taça UEFA, um encontro em que os sadinos precisam de alcançar no mínimo um empate com golos para atingirem a fase de grupos
A vitória do Chievo em Génova (2-1) assentou em duas armas: contra-ataque e velocidade. O principal protagonista foi um jovem de 18 anos, o avançado Obinna, que se estreou em grande: marcou o decisivo segundo golo, aos 60 minutos, num lance individual de grande classe, e isto depois de uma primeira parte de grande actividade.
Para além da derrota, que lhe fez perder o contacto com o pelotão da frente (está agora em oitavo lugar, a seis pontos do líder Juventus, a equipa de Walter Novellino pode ter também perdido o lateral/médio esquerdo Max Tonetto, que saiu lesionado ainda antes do intervalo.
Depois de sofrer um primeiro golo em contra-ataque, aos 36 minutos, a Samp, que apresentou um onze praticamente igual ao utilizado no Bonfim (apenas Pisano ocupou a vaga de Gasbarroni), carregou sobre o seu adversário e chegou ao empate no início da segunda parte, com um golo de Flachi, a passe de Zauli. Depois, veio o golpe de magia de Obinna, e a partir daí o Chievo, fechado numa defesa compacta, conseguiu resistir à carga do seu adversário, assegurando a sua terceira vitória da época.
SAMPDORIA: Antonioli; Zenoni, Pavan, Castellini e Pisano; Diana (Gasbarroni, 67 m), Volpi, Palombo e Tonetto (Zauli, 44 m); Flachi e Bonazzoli (Borriello, 72 m).
Cartões amarelos: Pavan e Pisano.
Marcadores: 0-1, Franceschini, 36 m; 1-1, Flachi, 50 m; 1-2, Obinna, 60 m.