Além da queda feia sofrida na Volta à Lombardia, Remco Evenepoel está a ser investigado pela UCI. A investigação foi aberta depois de se ver o diretor da Deceuninck-QuickStep, Davide Bramati, a retirar algo do bolso do ciclista.
O corredor belga, que continua no hospital, confessou que está a viver uma situação muito difícil. «Vou ser honesto: esta amanhã estive a chorar nos braços do meu pai. Senti-me uma m****. Estava a lutar pela minha vida no momento do acidente e a minha equipa estava a tentar fazer o que era melhor para mim», escreveu nas redes sociais.
Thanks a lot @sergepauwels for explaining the situation I was in.
— Remco Evenepoel (@EvenepoelRemco) August 29, 2020
I’m going to be honest. This morning I’ve been crying in my hospitalbed in the arms of my father. That is how SHIT I felt. I was fighting for my life at that moment. And my team just did the best for me!
🐺💙
Nas imagens, vê-se Davide Bramati, diretor desportivo da Deceuninck-QuickStep, retirar um objeto do bolso traseiro do jovem belga, o que tem suscitado alguma interrogação.
«O diretor desportivo disse que pensaram que a queda se deu porque tinha deixado de emitir os seus dados. Mas de que dados está a falar?», pergunta agora Lappartient.
«É proibido transmitir um certo número de dados. Vamos investigar esse ponto. Se são apenas dados de localização, é diferente», acrescentou.
Remco Evenepoel, 20 anos, era o grande favorito da prova até sofrer uma queda violenta. A 40 quilómetros da meta, na descida do Mur de Sormano, caiu numa ravina, após ter embatido num muro de pedra, e fraturou a pélvis. Terá agora de passar por um período de repouso absoluto de pelo menos seis semanas, pelo que falhará o resto da temporada.
O corredor da Deceuninck-QuickStep tinha vencido, até à Volta à Lombardia, todas as provas em que participou no ano de 2020: Volta a San Juan (Argentina), Volta ao Algarve (Portugal), Volta a Burgos (Espanha) e Volta à Polónia, esta última do escalão WorldTour, e apontava à Volta a Itália, que arranca em 03 de outubro.