A pressão inicial do FC Porto não só colocou os dragões em vantagem cedo, como deixou o Benfica sem conseguir construir jogo. Os portistas recuperaram muitas bolas perdidas pelos encarnados ainda antes de estes passarem o seu meio campo ou mesmo logo à saída da área; fruto de uma pressão muito alta no meio campo adversário.
A diferença entre a produção atacante das duas equipas está bem espelhada não tão especialmente na quantidade da produção ofensiva, mas, ainda mais, na qualidade. O FC Porto inaugurou o marcador aos seis minutos do jogo; o Benfica só conseguiu fazer o primeiro ao 22 minutos. Até ao primeiro remate do Benfica, os portistas já tinham criado cinco ocasiões de ataque com dois momentos para marcar – o que fizeram num deles.
Os números da análise do Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona para a MF Total mostram já neste quadro como o FC Porto começou a construir a vitória desde cedo – no cronómetro e no terreno.
O número de transições (que pode recordar na galeria de imagens) também é elucidativo quanto a este domínio (sem contestação encarnada) que acabou por ser decisivo para o resultado final. O Benfica conseguiu equilibrar alguns números no segundo tempo que aproximam totais, mas o resultado prático não foi o mesmo para ambas as equipas.
E deve lembra-se que os encarnados foram conseguindo equilibrar parciais, mas nunca conseguiram um domínio incontestado em momentos do jogo como o aquele com que o FC Porto começou. Os portistas acabaram por conter a reação benfiquista desequilibrando no número de faltas cometidas – isto no que os números estatísticos referem.
O FC Porto não deixou de responder ao Benfica nas ocasiões para marcar e registou no final uma superioridade de 33 ataques contra os 22 dos benfiquistas. Os dragões foram também sempre a equipa que teve mais posse de bola com totais de 58% contra 42% - os mesmos valores que se verificaram em cada parte do encontro.