Cláudio Mejonaro chegou a Portugal em 2004. Entrou no F.C. Porto pela porta por onde tinha saído José Mourinho, pouco antes. Jogou pouco, foi para a Arábia Saudita, regressou ainda ao Brasil e voltou ao nosso país, para meia época na Académica.
Em Setúbal, voltou a ser Pitbull: «Era importante ficar em Portugal, perto do clube que me contratou. Sabia das dificuldades do V. Setúbal, mas acreditei no projecto do clube e de Carlos Carvalhal. É importante sentir a confiança no nosso trabalhar e, por isso, hoje posso dizer que estou ao meu verdadeiro nível.»
O avançado garante que a boa disposição tem sido uma mais-valia para o V. Setúbal ao longo da temporada. «É bom ver que o treinador tem confiança no meu valor, que confia em mim para bater os cantos, os livres e as grandes penalidades. Quando sentimos confiança no nosso trabalho, temos muito melhor capacidade para jogar bem. Eu sinto isso e os outros jogadores do plantel também. Tento ser feliz na vida, em geral, e ajudar a criar um bom ambiente no balneário. Felizmente, as coisas têm-nos corrido muito bem.»
Estranhou a posição de extremo
A história de Cláudio no F.C. Porto começou pelo nome. Recrutado ao Grémio de Porto Alegre, o jogador chegou ao Dragão mas não conseguiu ser Pitbull. Alguém achou que a alcunha seria despropositada, talvez motivo de gozo, e, pela primeira vez, a sua camisola não apresentou o nome de guerra: «Foi a primeira e única vez que aconteceu, é verdade. Sempre gostei de usar o nome de Pitbull, mas no F.C. Porto não foi possível.»
No seu «site» oficial (www.pitbullfera.com), Cláudio guarda uma fotografia com Marco Materazzi. Jogou frente ao Inter de Milão como extremo, numa das últimas aparições de dragão ao peito. «Temos de nos adaptar às situações, mas não estava habituado a jogar como extremo, tendo de descer para até à posição do lateral. Foi um ano complicado para mim e para o F.C. Porto. Agora, acho que as pessoas já podem ver melhor o que valho», remata, bem ao seu jeito.