A nova propensão dos clubes brasileiros em contratar jogadores caros e já não só vender talentos está a gerar uma espécie de «exílio dourado» para futebolistas que tiveram carreiras de grande fôlego internacional e estão agora bem acima dos 30.

Zé Roberto, depois de uma carreira rica em títulos e em presenças de topo em Espanha (Real Madrid) e na Alemanha (Bayern Munique e Hamburgo), está, aos 38 anos, no Grêmio de Porto Alegre, com um salário na ordem dos 400 mil reais.

Lúcio, central que cumpriu a carreira em Itália e na Alemanha, milita agora no São Paulo, aos 34 anos, com um ordenado próximo do milhão de reais.

Ronaldinho Gaúcho, com 32 anos, é aposta do Atlético Mineiro (e ganhará perto de 600 mil reais).

Rivaldo, aos 40 anos, assinou pelo São Caetano, regressando de aventura em Angola.

Diego Forlán, 33 anos, está no Inter de Porto Alegre; Seedorf, 36 anos, é a maior aposta do Botafogo.

Com investimentos das maiores empresas brasileiras na área

da energia (Petrobrás, Eletrobrás), da banca (BMG, Itaú, Caixa) ou até da saúde (Unimed, cujo dono é o principal investidor do Fluminense), os clubes brasileiros estão a entrar no jogo das transferências.