Fábio Coentrão decidiu a vitória do Benfica sobre o Marítimo, mas o golo marcado aos 94 minutos, apesar de importante para o esquerdino e para as contas da equipa no campeonato, não supera aquele marcado ao F.C. Porto, na primeira meia-final da Taça de Portugal.

«O que me deu mais gozo foi no Estádio do Dragão. Este [frente ao Marítimo] foi um golo que me vai marcar bastante, porque dei a vitória ao Benfica aos 94 minutos», assumiu o jogador, nesta segunda-feira, na ressaca da dramática jornada na Luz e à margem da entrega do prémio do sindicato para melhor jogador jovem de Setembro.

«Espectacular», ainda assim, foi como definiu o momento do golo nos descontos e que segurou a esperança dos encarnados na recuperação dos oito pontos para o líder FC Porto.

«Foi uma sensação boa marcar no último minuto, dar a vitória ao Benfica, uma sensação espectacular. Estou não só feliz por mim, mas por ter ajudado a equipa. Como toda a gente viu já estava no minuto 94, as coisas não estavam fáceis para nós, não podíamos perder pontos e aos 94 marquei aquele golo», recordou.

Um golo com o pé direito, ele que é esquerdino. «Não é muito habitual, mas algum dia tinha de acontecer. É preciso trabalhar, tenho vindo a trabalhar bastante e aconteceu marcar de pé direito», explicou, ainda.

Sem comentários para a arbitragem, que «deixou para os dirigentes», pois entende que só «os três pontinhos» conquistados é que lhe dizem respeito, Fábio Coentrão vira, agora, as atenções para o derby de quarta-feira com o Sporting, na Luz, a contar para as meias-finais da Taça da Liga. O Benfica está moralizado, é certo, mas longe de pensar em vitória por antecipação, garantiu o jogador.

«Temos uma série de jogos sempre a vencer, já são 17, as vitórias trazem moral e estamos com a moral em alta. Mas o Sporting é uma excelente equipa, não está a atravessar um momento bom, mas os derbies são jogos complicados e temos de ter cuidado para não entrar dentro de campo a pensar que o jogo está ganho, se não as coisas vão complicar-se para nós. Temos é que entrar em campo e trabalhar como temos vindo a fazer», defendeu Coentrão, para quem a mudança de treinador no Sporting «não interessa».