Fábio Coentrão está a começar a segunda aventura no futebol espanhol. O lateral alinhou pelo Saragoça por empréstimo do Benfica no segundo semestre de 2008. Uma passagem curta, tendo jogado apenas por oito minutos. Marcelino, treinador que o acompanhou na altura, recorda Coentrão como um jogador «igual aos restantes», mas que «era rápido e hábil». Ainda um extremo, na altura.

O português chegou ao Zaragoza integrado na transferência de Aimar para a Luz, depois de na época anterior ter estado emprestado ao Nacional da Madeira, e juntou-se ao clube espanhol já com a pré-temporada a decorrer.

«Quando chegou a pré-temporada já tinha começado, mas chegou a tempo. Treinou com o resto da equipa de forma habitual, mas competiu muito pouco», apontou Marcelino ao jornal «As», explicando assim os motivos para não ter apostado mais no português: «Naquela altura não era superior a outro companheiro.»

Durante a sua breve passagem por Espanha, o agora lateral do Real Madrid também se viu envolvido em polémica por uma saída nocturna, mas o treinador diz agora que Coentrão «teve sempre um bom comportamento, foi sempre respeitoso e disciplinado e não houve nenhuma falha».

Para Marcelino, o motivo que conduziu ao insucesso da primeira estadia do jogador em Espanha foi «um problema de adaptação»: «Ele era muito jovem e era a primeira vez que saía de Portugal.»

Coentrão não conheceu o sucesso em Espanha e quando chegou o mercado do Inverno deixou o clube espanhol, para ser emprestado então pelo Benfica ao Rio Ave. Uma atitude que não surpreendeu o técnico: «Tenho a sensação que ele desde o início que queria partir.»

Posto tudo isto, questionado se Coentrão está preparado para jogar no Real Madrid, Marcelino rematou: «Não posso comentar isso. Mas o Real tem técnicos suficientes para fazer valorizar o custo e rendimento do futebolista».

Passado é passado, e o jogador de 23 anos regressa agora pela mão de Mourinho para integrar a brigada «merengue» no assalto ao título de campeão espanhol.