Como gostamos de ser rigorosos no conhecimento que temos dos jogadores (enfim, feitios!), fomos à Argentina e à Espanha buscar informação sobre o número dez do Beira Mar. Fica aqui um perfil futebolístico que pode ser utilizado por todos os adversários futuros dos aveirenses. Trata-se de um jogador de bom toque de bola, principalmente no último passe. A idade foi-lhe tirando velocidade, pelo que hoje pode considerar-se um jogador lento no sempre muito exigente futebol europeu.
É um esquerdino nato, que gosta de jogar no apoio aos avançados, mas que também pode desempenhar uma posição sobre o lado esquerdo do ataque. A tendência para cair sobre a esquerda, aliás, é-lhe muito natural. Apresenta-se também como um jogador muito forte no remate de longa distância. Principalmente nas bolas paradas, em força ou em jeito.
Mas não é um goleador. Nunca o foi. Em 93 jogos já realizados nos campeonatos europeus (Nice e Leganés) apenas apontou quinze golos, sendo que treze foram marcados ao serviço do Nice e dois com a camisola do Leganés vestida. O maior defeito que lhe é apontado prende-se com a fraca capacidade mental, muito vulnerável. Com o tempo, dizem, foi melhorando a capacidade de defender. O próprio admite que teve de aprender a trabalhar também defensivamente. Na Argentina nunca teve essa responsabilidade.