A Académica recebe o P. Ferreira este domingo e Sérgio Conceição classifica o jogo como um dos mais difíceis em casa que os estudantes vão ter. As razões, explicou-as na conferência de Imprensa deste sábado, além de apelar aos adeptos para que compreendam a estratégia que irá adotar.

«É o acabar da primeira volta, queremos vencer no regresso a casa, sabendo que temos de ser inteligentes a abordar o jogo. É preferível ouvir uma assobiadela, e ser pacientes, para no final ter os 3 pontos. Pode não ser uma exibição tão bonita, mas importa sermos eficazes», afirmou, recuperando o exemplo do ano passado:

«No ano passado, se pontuássemos, como aconteceu, teríamos a manutenção. Esperavam um bloco baixo, mas surpreendemos com a nossa melhor primeira parte até agora. Apelar à paciência aos sócios? Gostava de ouvir 30 mil assobiadelas, mas sei que, se calhar, só vou ter dois ou três mil pessoas…»

A afluência de público, com o clássico à mesma hora, não será condicionada, acredita o técnico. «É às 16 horas?, não sabia. Acho que não, um verdadeiro academista está preocupado com suas equipa, e não com Benfica ou Porto», retorquiu, preferindo destacar a importância do desafio:

«É um daqueles jogos de seis pontos. São três que o adversário deixa de ganhar e três para nós. As últimas oito equipas da tabela vão defrontar-se, e, por isso, é uma jornada muito importante. O Paços não desaprendeu tudo do ano passado, mantém alguns jogadores, experientes, e com qualidade, e no mercado já conseguiu uma ou outra contratação importante. Vamos ter dos jogos mais difíceis em casa.»

Depois, há o perigo do relaxamento perante um dos últimos da tabela. «Nas equipas nestas situações há momentos e jogos em que, pela motivação, ou por a margem de erro ser muito pequena, os jogadores acabam por superar-se. Vamos fazer tudo para nos distanciarmos das equipas atrás de nós, entre elas o próprio Paços. Se somarmos 18 pontos, será, salvo o erro, a melhor segunda volta desde que a Liga tem 16 equipas. É também um objetivo aliciante para este jogo», completou.

Sem querer arranjar desculpa por, mais uma vez, ter de utilizar uma nova dupla de centrais, Sérgio Conceição falou ainda do mercado, reagindo com normalidade às possíveis saídas de Abdi e Ferreira. «O meu papel é promover jogadores, os clubes são cada vez mais vendedores, e fico contente. No meu primeiro ano no Olhanense foram vendidos talvez oito jogadores, foi o maior encaixe do clube em mais de 100 anos de existência.»