A consultora KPMG divulgou os resultados de uma análise às finanças de oito clubes europeus que se sagraram campeões na última temporada.

Para além de Benfica, Barcelona (Espanha), PSG (França), Leicester (Inglaterra), PSV (Holanda), Bayern Munique (Alemanha), Juventus (Itália) e Besiktas (Turquia) também são escrutinados no trabalho que se debruça sobre as receitas operacionais destes clubes.

O estudo indica que o clube obteve receitas de 126,1 milhões de euros (apenas à frente de Besiktas e PSV) na temporada 2015/16, sendo que as transmissões televisivas tiveram um peso de 54 por cento neste bolo contra €21,7M em receitas relacionadas com jogos (17,2 por cento) e €35,9M (28,5 por cento) em patrocínios e publicidade. Em relação ao período homólogo anterior, as receitas operacionais do clube da Luz as receitas cresceram 24 por cento.

O trabalho tem ainda em conta as assistências médias (no Estádio da Luz foram 50.377 espectadores, que dá uma taxa de ocupação de 77 por cento), os seguidores nas principais redes sociais e de que forma os impostos praticados nos oito países referidos se refletem nas finanças dos clubes.

No sumário da análise ao Benfica, a KPMG recorda o ranking que divulgou no ano passado com os clubes mais valiosos da Europa, no qual avaliou os encarnados em 285 milhões de euros: nesta lista restrita de oito clubes só a «empresa» PSV Eindhoven é menos valiosa: eram, a 1 de janeiro de 2016, €175M. No topo está o Barcelona, com um valor atribuído de €2,758M. O valor de Leicester e Besiktas não é contabilizado no documento.

Numa espécie de sumário aos números apresentados pelo Benfica, a consultora destaca o lucro obtido na época passada (€20,4M). Neste capítulo, só Barcelona (€28,8M) e Bayern Munique (€33,0M) fizeram melhor. Ainda assim, a KPMG nota que os resultados positivos não tiveram repercussões nas ações da SAD, que entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016 caíram 6 por cento, de 1,04 euros para 0,98 (atualmente estão cotadas em 1,20€).

Na mesma conclusão lê-se que o crescimento das receitas operacionais foram sustentadas pela campanha bem sucedida da equipa de Rui Vitória na Liga dos Campeões (chegou aos quartos de final da prova), situação que se refletiu num aumento de 18 e 39 por cento no que diz respeito a ganhos em dias de jogos (bilheteira, alimentação, etc) e a direitos televisivos, respetivamente. Só neste ponto, os encarnados receberam €34M, o dobro do valor registado na época anterior.