O selecionador argentino afirmou depois da vitória na Copa América, na final com o Brasil (1-0), que Lionel Messi é o melhor de sempre, mas que não precisava desta conquista para o ser.

«Para mim não muda nada, Messi continua a ser o melhor da história, como seria se não tivesse vencido», disse Lionel Scaloni, revelando que o 10 argentino jogou as meias-finais e a final com «um problema num tendão da coxa»: «Em nenhum momento podia prescindir de um jogador assim, mesmo em inferioridade.»

«Se todos os argentinos soubessem a maneira como jogou esta Copa América, iriam gostar ainda mais dele, não tenho nenhum tipo de dúvidas. Temos de admirá-lo porque, em algum momento, já não estará no ativo e vamos arrepender-nos.»

Scaloni disse estar «eternamente agradecido» a Messi - com quem disse ter uma relação diferente da típica entre treinador e jogador - «e a todos os seus companheiros».

«Sinto uma alegria enorme e um grande orgulho por estes 28 guerreiros que vieram jogar a Copa América, que deixaram muitas coisas para jogá-la, e em condições muito difíceis, porque foi precisa estar em bolha, fechados», lembrou o selecionador argentino, que elogiou também Neymar, dizendo que é «o segundo melhor do mundo, depois de Messi», e que é «quase impossível pará-lo».

Por seu lado, o técnico brasileiro, Tite, elogiou a prestação da Argentina: «O importante é o reconhecimento, por mais doloroso e por mais difícil que seja, do valor de quem está do outro lado. Apesar do sentimento de tristeza, há que olhar para o outro lado. A Argentina foi mais efetiva e conquistou o título.»

Tite elogiou também a postura de Neymar, que depois de chorar a derrota foi felicitar a abraçar o amigo Messi.

«É uma atitude que mostra que no futebol existem adversários e não inimigos, que o desporto pode deixar um legado do lado humano e educacional. A confraternização entre rivais passa uma mensagem ao público de que, por mais dor que se tenha, há que reconhecer o valor do outro.»

O selecionador do Brasil mostrou-se também satisfeito pelo trabalho feito pela sua equipa, e por todos os jogadores terem sido utilizados, queixando-se, ainda assim, de algum «anti-jogo» da Argentina e de algumas falhas organizativas.

A Argentina conquistou a sua 15.ª Copa América, igualando o Uruguai e acabando com um ‘seca’ que durava desde 1993, ao vencer no sábado o Brasil por 1-0, em pleno Maracanã, com um golo de Di María, aos 22 minutos, no primeiro título na ‘era’ Messi.