Esta é uma das conclusões do estudo realizado pela Accenture sobre o desenvolvimento da concorrência no mercado postal português.

De acordo com o consultor João Borges, o operador terá de ser capaz de criar receitas, além do tradicional serviço postal, de forma «a manter uma actividade rentável num cenário de liberalização», acrescentando ainda que «cabe aos Correios explorar os seus activos de forma diferente e procurar negócios alternativos».

Os CTT têm a «vantagem», segundo o mesmo, de ter uma boa marca, credibilidade, rede de distribuição, etc. O banco postal é, visto pelo responsável, como um dos projectos alternativos a desenvolver.

João Borges considera ainda que os Correios poderão desenvolver parcerias com os novos operadores. O objectivo é simples: racionalizar a rede de distribuição, seguindo desta forma, o exemplo do Reino Unido.

Preços mais baixos e qualidade superior

Preços mais baixos e uma qualidade superior ao nível do serviço são apontadas pelo consultor como as principais consequências da liberalização total do mercado postal.

No entanto, em matéria de emprego, João Borges não prevê grandes alterações (o sector empregava 16.686 pessoas no 1º trimestre de 2006), uma vez que o mesmo considera que a médio e a longo prazo «tudo aponta para uma racionalização».