O Servette já tem quatro portugueses (Barroca, Roderick, Saleiro e o luso-suíço Daniel Soares) mas Costinha confessa que gostava de contar com pelo menos mais um, se possível já neste mercado de Janeiro. Joga no clube do coração do director-desportivo do Servette, que sabe, no entanto, que se trata de um «fruto proibido».

«Havia um jogador, que está num clube grande, que gostava muito de levar para o Servette. Gosto dele desde a época passada, quando estava no Sporting. É o André Martins, mas, infelizmente, não o vou poder levar», desabafou o dirigente, esta quinta-feira, à margem de uma visita ao Hospital Pediátrico de Coimbra.

O ex-director leonino admite ter alternativas para o talento que agora desperta no plantel de Domingos Paciência, soluções essas que podem chegar também do nosso país: «É muito importante, se queremos dar um passo de qualidade, ter bases sólidas. Se houver jogadores portugueses com qualidades para entrar no nosso plantel, não vamos enjeitar.»

«Vejo o Sporting sempre campeão»

Leão assumido, mesmo com a mágoa de nunca ter representado o clube enquanto jogador, Costinha sofre pelo clube à distância e não esconde um certo orgulho por aquilo que o clube tem vindo a fazer esta época. As amizades deixadas em Alvalade vão-no colocando a par das notícias, que, enquanto adepto, o deixam nas nuvens.

«Mentira se dissesse que não tinha saudades. É um clube que me diz muito, pena nunca lá ter jogado, mas é o meu clube de criança. Estão a fazer uma excelente época e fico extremamente feliz. Acompanho diariamente, tenho lá amigos, graças a Deus, e isso é muito importante porque significa que alguma coisa de bom também fiz», reclama, convicto de que este ano será de múltiplos sucessos.

«Eu vejo sempre o Sporting campeão [risos]. Obviamente, este ano, não diria que tem mais facilidades, mas tem um plantel muito forte, uma direcção que está a fazer bom trabalho e finalmente impõe linhas de amor-próprio e respeito ao clube. Quando é assim, os resultados saltam à vista. O Sporting luta pelo título, a poucos pontos da liderança, e mantêm-se em todas as frentes. Algum mérito tem de ter a direcção e o Domingos.»

«Não é uma crítica à anterior direcção. É a constatação de um facto. A anterior fez o que pôde, se calhar não tinha tantos meios, mas tentou fazer o melhor. Não somos obrigados a saber tudo ou a ter todos os meios. Por vezes, há factores que remam contra nós. O mais importante é que o Sporting está no bom caminho, seja com A, B ou C», complementa.

Sem ser capaz de dizer se, com o actual elenco, teria sido mais bem sucedido, o ex-internacional admitiu, porém, que, em alguns aspectos, os actuais dirigentes estão mais próximos da sua filosofia.