* Por Rita Pereira

Após a conferência de imprensa o anúncio da saída do comando técnico do Paços de Ferreira, um grupo de cerca de 30 adeptos esperava o técnico à saída do estádio. Assobios, insultos, mas também muitos aplausos acompanharam Costinha no percurso até ao carro, assim como uma escolta policial. «És uma vergonha» foi um dos cânticos entoados pelos adeptos.

Em contraste com a satisfação dos adeptos, a tristeza era visível no plante. Antes de Costinha abandonar o estádio, Bebé, visivelmente emocionado, dirigiu-se aos adeptos para uns minutos de conversa.

Mas não só o treinador foi alvo do descontentamento dos adeptos. Carlos Barbosa, presidente do Paços de Ferreira, ainda não tinha saído das instalações do clube, mas os adeptos já gritavam «Barbosa, ranhoso, tu és um mafioso» e pediam a demissão do dirigente.

O momento mais quente até foi antes. No momento em que o árbitro apitou para o final da partida com o Vitória de Guimarães, os adeptos insurgiram-se contra o presidente. Subiram as cadeiras até ficarem junto ao camarote de Carlos Barbosa, partiram uma proteção de acrílico, e tentaram mesmo chegar até ao dirigente. 

O clima estava tenso desde a passada quinta-feira, após a derrota com o Dnipro para a Liga Europa,em que os adeptos pediram a demissão do treinador e do presidente Carlos Barbosa. O dirigente respondeu através da comunicação social, dizendo que «a massa associativa é muito ranhosa» e que «para terem esta atitude, mais valia terem ficado em casa». «Não é meia dúzia de adeptos mal formados que me fará abandonar o meu projeto no Paços de Ferreira», garantiu então.