António Costa recorreu esta terça-feira ao twitter para manifestar que o atual confinamento que se verifica em Portugal deve ser prolongado por mais tempo, provavelmente até meados de março, uma vez que está a conduzir aos efeitos esperados, diminuindo a circulação do vírus e a pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde.

«Da reunião sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, podemos concluir que o atual nível de confinamento está a produzir resultados, quer na redução de casos, como na pressão sobre o SNS e também na limitação da circulação da variante britânica», começou por escrever.

«Concluímos também que quanto maior a intensidade do confinamento mais rápidos são os resultados; que os elevados níveis da pandemia requerem o prolongamento do atual nível de confinamento e que é necessário continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento.»

Já antes disso, Marta Temido, ministra da saúde, tinha garantido à saída da reunião com o Infarmed, que é «evidente que o atual confinamento tem de ser prolongado por mais tempo, para já durante o mês de fevereiro, mas provavelmente por um período que os peritos estimaram ser de 60 dias a contar do seu início».

Ora isso significa que o atual confinamento pode ser mantido até 15 de março, uma vez que começou a 15 de janeiro. Marta Temido reforça a ideia de que este período de, pelo menos, 60 dias é necessário «para trazer o nível de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos para abaixo de 200».

A ministra da saúde garante, de resto, não ter dúvidas e afirma que «é bastante claro que quanto mais intenso for o confinamento, mais rapidamente se reduz o risco efetivo de transmissão», e isso já se fez sentir nos números revelados esta terça-feira, em que são notadas reduções no número de casos, hospitalizações e óbitos. 

Questionada sobre eventuais alterações ao modelo de confinamento e sobre um eventual levantamento gradual das restrições, Marta Temido disse que essa questão «terá que ser dirigida para um momento posterior», remetendo-a para as resoluções do conselho de ministros. «São matérias a que vamos voltar mais tarde», sublinhou.