António Costa anunciou esta quinta-feira, no final da reunião do Conselho Europeu, que foi aprovado um Fundo de Recuperação para responder à pandemia de Covid-19, por unanimidade, sem que nenhum dos 27 Estados se opusesse a que este fundo seja financiado através de emissão de dívida.

De acordo com o primeiro-ministro, o fundo deverá ter «um horizonte de dois ou três anos», mas falta ainda saber se será na forma de empréstimos ou de subvenções. 

O primeiro-ministro explicou que a maioria dos Estados defendeu a hipótese de o fundo ser financiado através de subvenções, mas alguns Estados defenderam numa solução conjunta entre subvenções e empréstimos e «uma pequena minoria defendeu que este fundo se devia cingir à modalidade de empréstimos».

Falta também conhecer-se os montantes em causa, embora o Banco Central Europeu tenha falado num valor a rondar os 1,6 biliões de euros, a que se juntam aos 500 mil milhões já aprovados pelo Eurogrupo.

Ainda não há número final, mas fala-se em 1,5 ou 1,6 biliões de euros. Será algo com uma grande robustez. Fisga não será de certeza. Resta saber se será pressão de ar ou uma bazuca», anunciou o primeiro-ministro.

A utilização do fundo de recuperação deve ainda, segundo explicou o primeiro-ministro, ser «coerente com a estratégia da UE», que prioriza a transição digital, o combate às alterações climáticas e o aumento da autonomia estratégica da União em matéria de «capacidade para produzir bens essenciais e estar menos dependente de cadeias de valor muito extensas e com grandes dependências de outras regiões económicas».

O plano de recuperação económica vai ser oficialmente apresentado pela Comissão Europeia no dia 6 de maio.

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