A UEFA considerou ser impossível detetar se a evolução pandémica em Portugal se deveu à final da Liga dos Campeões de futebol, no Porto, pois decorreu na mesma altura da permissão de entrada a turistas britânicos.

Em conferência de imprensa, na sede do organismo que regula o futebol europeu, acerca das medidas de mitigação da pandemia de covid-19 implementadas durante o Euro2020, o diretor médico do evento, Zoran Bahtijarevic, entendeu que «é muito fácil apontar o dedo à final» entre os ingleses do Chelsea e do Manchester City, no Porto.

«Na mesma semana, Portugal começou a abrir [as fronteiras] para turistas britânicos. É muito fácil apontar o dedo à final, mas, pelo meu conhecimento, todos os fãs que viajaram desde o Reino Unido fizeram teste PCR e só entraram no estádio com isso. Não sei quantos casos estão diretamente relacionados, pois muita coisa aconteceu ao mesmo tempo e é impossível saber a que se deve», referiu o croata aos jornalistas.

Lembre-se que a cidade do Porto foi escolhida para substituir Istambul como palco da final da Champions, no seguimento das dificuldades intransponíveis de viagens de adeptos ingleses, tendo em conta que a Turquia integrava a «lista vermelha» do Reino Unido, dadas as restrições impostas face à pandemia de Covid-19. 

De resto, os ingleses marcaram forte presença em locais como a Ribeira e a Baixa da cidade, onde se registaram desacatos, além de não terem sido cumpridas regras como o distanciamento social ou o uso de máscaras. 

Após o final o embate entre Chelsea e Manchester City, dois adeptos ingleses foram detidos pela PSP por terem agredido agentes policiais, o que fez com que um dos elementos das forças de segurança tivesse de ser suturado na face, no Hospital Santo António.