Cristiano Ronaldo incorre numa acusação de crime, por ter desrespeitado as regras italianas de isolamento da covid-19.

O capitão da Seleção Nacional, recorde-se, estava com os colegas de equipa isolado num hotel, depois de terem sido detetados dois casos de infeção entre o staff que acompanha a equipa principal da Juventus.

Ora os atletas só podiam sair do hotel para treinar e jogar, e nunca poderiam estar em contacto com pessoas exteriores ao grupo, até receberem o resultado do segundo teste efetudado.

Acontece que Cristiano Ronaldo deixou o hotel para viajar para Portugal, onde nesta terça-feira se juntou ao grupo da Seleção Nacional, numa altura em que o segundo resultado dos testes à covid-19 ainda não chegou.

Tal como Ronaldo, também Bentancur (Uruguai), Cuadrado (Colômbia), Danilo (Brasil), Dybala (Argentina) viajaram para as respetivas seleções, enquando Buffon e Demiral sairam do hotel para ir para casa.

Estes sete jogadores estão agora a contas com a justiça italiana, tendo o processo sido enviado pelas autoridades de saúde para o Ministério Público. Foi Roberto Testi, diretor da delegação de Turim da Autoridade de Saúde Italiana quem o referiu.

«Foi o clube, que tem tido um comportamento excelente, que nos disse que alguns jogadores deixaram o local de isolamento. Por isso, iremos notificar a autoridade competente, ou seja, o Ministério Público, do ocorrido», garantiu. 

«Caberá agora aos magistrados avaliar se houve crime. Essa não é definitivamente uma competência nossa.»

De acordo com a imprensa italiana, e uma vez que nenhum atleta acusou positivo à covid-19, o Ministério Público deve encerrar o caso com uma multa de 400 euros.