Olhou em redor e reconheceu vários ex-colegas de equipa na plateia. Até mesmo Jorge Vieira, o dirigente que em 1973 o foi buscar a Basileia para o F.C. Porto. Teófilo Cubillas nem queria acreditar. Esta era a homenagem com que sempre sonhara.

«Obrigado a todos. Nunca me despedi como queria. Agora prometo que tenho bilhete de ida e volta», referiu o ex-avançado, no anfiteatro do ISMAI. Cubillas foi homenageado, viu pela primeira vez algumas das imagens que o tornaram famoso em Portugal e abriu o coração.

«Lembro-me do adeus ao F.C. Porto. Fiz uma reunião com todo o plantel e um a um os meus companheiros dirigiram-se a mim. Fiquei com um nó na garganta e nada lhes consegui dizer. Hoje vejo alguns deles e sinto-me feliz.»

Cubillas não soube dizer qual o jogo mais perfeito realizado de dragão ao peito. Soube, isso sim, reacender uma velha rivalidade. «Adorava os jogos contra o Benfica do Eusébio, do Torres, do Simões. Em casa ganhávamos quase sempre, mas chegávamos à Luz e perdíamos.»

Teófilo Cubillas vai conhecer o Estádio do Dragão na quinta-feira. «Já está tudo combinado e vou estar com o presidente Pinto da Costa também. Estou ansioso.»

Após um discurso sentido, Cubillas recebeu um presente muito especial das mãos do escritor Valter Hugo Mãe. O autor reservou-lhe um capítulo no livro A Máquina de Fazer Espanhóis. Ofereceu-lhe três exemplares da obra, um dos quais em castelhano.

«Impressionou-me a memória dos meus familiares sobre o Cubillas, o peruano sorridente. Esse capítulo é sobre essas recordações.»

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