Artur Futre, só faltou o golo
Numa partida de qualidade tão baixa, a sua classe sobressaiu vezes sem conta. Muitas vezes, deu a impressão que só ele parecia disposto a fazer algo que contrariasse a tendência do pontapé para a frente. Habilidoso e muito interventivo, esteve perto do golo em algumas situações, como aos 27, 29 e 32 minutos, em que só alguma intranquilidade o impediu de bater Marcos. Na segunda parte quebrou um pouco em termos físicos, mas reapareceu já em períodos de descontos para fazer o melhor remate do jogo, que passou perto do poste esquerdo da baliza insular. É um atleta de excelente nível e faz jus ao apelido que ostenta.
Darl Douglas, boa impressão
Na estreia a titular com a camisola do Marítimo, mostrou que pode ser útil. É um extremo «à moda antiga», daqueles que só tem olhos para a linha de fundo. Não é um prodígio de técnica, longe disso, mas tem um pique demolidor, que deixou Pedro Geraldo «pregado ao chão» inúmeras vezes. Com o decorrer do jogo foi perdendo influência, mas o que demonstrou na primeira parte augura um futuro no futebol português que pode ser interessante.
Arvid Smidt, sabe bem o que quer
Cada vez mais se impões como referência no meio-campo de Ulisses Morais. É daqueles atletas que se nota conhecer os terrenos que pisa. Muito tranquilo, joga simples e a equipa só beneficia com esta postura. Neste jogo na Vila das Aves, tentou sempre ser o farol orientador da sua formação, o que conseguiu em largos períodos, principalmente nos 45 minutos. Na segunda parte, tal como os restantes atletas, baixou um pouco o rendimento que vinha tendo.
Diogo Valente, valeu pelo golo
O destaque surge, essencialmente, pelo bom golo que apontou. Um remate de primeira com o pé esquerdo, após cruzamento de Filipe Oliveira, foi o melhor que mostrou na partida. E já não foi pouco. De resto, pareceu algo alheado das áreas de decisão, excessivamente preocupado em fazer tudo bem, o que muitas vezes não lhe foi possível. Fica o registo do excelente momento que foi o tento do Marítimo.
Vitor Manuel, a experiência é um posto
No caso de Vitor Manuel, a experiência é mesmo uma virtude. Não corre desnecessariamente e procura dar alguma qualidade aos seus movimentos. Diante do Marítimo, foi importante na forma como pautou o jogo ofensivo da sua equipa. Sem grandes mudanças de velocidade, mas com consciência daquilo que fazia. Acabou por ser o melhor da formação de Neca, logo a seguir a Artur Futre.