Hector Hernández e Raphael Guzzo, fizeram o Desportivo de Chaves voltar às vitórias, algo que não acontecia desde 1 de Dezembro de 2023: na ocasião, os flavienses venceram o Vizela, a quem entregam, à condição, a lanterna vermelha da Liga.

Para a partida que Moreno considerou uma final, face à situação classificativa da sua equipa, o técnico operou quatro alterações em relação ao último onze utilizado em Moreira de Cónegos: saídas de João Correia, Kelechi, Steven Vitoria e Rúben Ribeiro, para as entradas de Carraça, Guima, Cafú e Jô.

Já do lado contrário, o Boavista repetiu o onze que venceu o Estoril em casa na última jornada. Destaque para a entrada na convocatória de Bruno Onyemaechi, nigeriano que chegou há poucos dias depois de estar a representar a sua seleção na CAN.

FILME E FICHA DE JOGO.

Nos primeiros 45 minutos assistimos a uma partida interessante, não do ponto de vista futebolístico, mas por todos os outros “ingredientes” trazidos para o jogo pelos intervenientes. Polémica, penálti, cartões, deixando os holofotes virados para o que não interessa, o trabalho do árbitro.

As equipas recolheram às cabines com o empate a uma bola, que se justificava, pois mesmo em vantagem desde cedo – golo de Guzzo após um erro defensivo do adversário –, os trasmontanos nunca conseguiram tomar as rédeas do jogo. Permitiram aos do Bessa chegarem à igualdade, por Bruno Lourenço: na transformação de uma grande penalidade, assinalada após consulta ao VAR, por uma falta de Sandro Cruz sobre Salvador Agra.

Os anfitriões acabaram a primeira parte com quatro dos cinco defesas amarelados: como tal, para o reatamento, Moreno teve de ajustar a sua equipa e fez entrar Benny para o lugar de Junior Pius.

Não seria a última vez que o mosaico flaviense teria de ser ajustado, pois após cometer falta sobre Bozenik, o defensor flaviense Carraça acabou por receber ordem de expulsão, ao minuto 59.

Curiosamente, com mais uma unidade em campo, os boavisteiros, apesar de terem mais posse de bola, não conseguiam criar desequilíbrios de forma a entrarem no último reduto em condições de ferir a baliza do Chaves.

Héctor fez um golaço, axadrezados não aproveitaram a superioridade numérica

A equipa de Moreno, por seu turno, voltou à vantagem no marcador após um bom desenho ofensivo de Benny e João Correia – ambos tinham saltado do banco – Héctor fez o 2-1 com um golaço aos 71 minutos, de bicicleta.

Do lado do visitante, era expectável que em superioridade numéria procurasse chegar a outro resultado, mas as mexidas operadas por Ricardo Paiva não aportaram nada de novo aos axadrezados, excedendo-se até nos erros. Vários cruzamentos falhados, muita bola, mas pouco critério.

Teria ainda Bozenik, o melhor marcador da equipa, oportunidade para fazer a bola beijar as redes da baliza do Chaves, mas numa situação em que costuma ser pouco perdulário, atirou ao lado.

Os flavienses agarraram-se aos pontos com unhas e dentes, e na raça e no querer acabaram por ficar com os três pontos, que segundo Moreno eram vitais.