Só há duas verdadeiras razões para seguir uma partida do futebol italiano: ver jogar Ibrahimovic, ver protestar José Mourinho.
O sueco é o melhor ponta-de-lança do mundo nesta altura. Sim, também há Fernando Torres. E Rooney. E Etoo. Mas ninguém junta tantas qualidades como Ibrahimovic.
O que o internacional sueco assinou em Old Trafford, na Liga dos Campeões, foi talvez o mais brilhante desperdício dos últimos tempos. Devia ser proibido um futebolista jogar tanto e regressar a casa de mãos a abanar. Este domingo, no Inter-Fiorentina, colocou um livre directo entre os mais impressionantes desde que o futebol é filmado a sério. (a parte que gosto mais é o instante em que o guarda-redes encolhe os braços, espécie de reflexo de quem se defende de um objecto arremessado em sua direcção. Também gosto de Maicon tentando sacudir o sueco, sempre muito cool, como que dizendo «tens de festejar!, tens de te soltar!, foi um golo incrível!!!!!!!)
Além de Ibrahimovic, há Mourinho. Agora numa versão a Itáia não gosta de mim, em breve substituída por uma a Itália não me merece e depois a derradeira não há grande coisa a fazer pelo futebol em Itália.
Mas vale sempre a pena ver Mourinho. Mesmo assim. Mesmo numa altura do ano como esta, em que só lhe resta ir somando pontos e provocando um futebol que não soube ou não quis amá-lo. E que não merece um jogador como Ibrahimovic.