Nuno Gomes
Sinceramente, causava estranheza a demora em perceber a utilidade de Nuno Gomes neste Benfica. Depois de largos meses de temporada, o internacional português conquista finalmente o seu espaço e aumenta o nível de experiência e inteligência do jogo ofensivo da equipa. Irrequieto e empreendedor, arrancou duas grandes penalidade e ainda um cartão amarelo a Vidigal. O médio adaptado e Nuno André Coelho raramente acertaram nas marcações a Nuno Gomes. Para quando a renovação?

Varela
Tem algumas características impressionantes, como a capacidade de arranque e posse de bola em progressão. Merece estar claramente em patamares superiores e terá a oportunidade de comprovar isso mesmo no Estádio do Dragão, na próxima temporada. Maxi Pereira e seus pares viram-se e desejaram-se para travar o avançado português. Assumiu o estatuto de figura da equipa e a responsabilidade de bater o castigo máximo. Com sucesso.
Miguel Vítor e Nuno André Coelho
Jovens centrais portugueses, com largo futuro à frente. Mais dois exemplares de tremenda qualidade, a comprovar a tradição lusa para formar talentos naquela posição.
Óscar Cardozo
Estava arredado dos golos desde 21 de Fevereiro, mas regressou ao onze do Benfica face à lesão de David Suazo e continua a apresentar números dignos de matador. Em vinte jogos, grande parte dos quais como suplente utilizado, acumula nove golos. Na noite da Reboleira, contornou tremores na marca da grande penalidade e balançou as redes em dose dupla. Fizera o mesmo na final da Taça da Liga. Resta adaptar-se de forma mais eficaz ao estilo de jogo implementado por Quique. Ou vice-versa.
Ruben Amorim
Voltou ao lado direito do sector intermediário, depois de um passagem pelo centro na final da Taça da Liga. Naquela posição, garante equilíbrio ao meio-campo mas perde influência no ritmo de jogo do Benfica. Ainda assim, marca pontos pela qualidade de passe. Na etapa complementar, quando Quique trocou Yebda por Di María, Ruben Amorim regressou ao seu habitat natural e garantiu maior serenidade na zona fulcral do relvado. Imprescindível neste Benfica.
Di Maria
Boa entrada em campo, a prender a defesa do E. Amadora quando o Benfica estava a sufocar. É esta a forma correcta de encarar o jogo, pensando no colectivo.

Marcelo Goianira
Belo regresso ao onze, após cumprir castigo. Irrepreensível à frente da defesa do Estrela da Amadora, o médio brasileiro demonstrou igualmente qualidade de posse de bola e iniciou alguns lances de perigo. Na etapa complementar, ainda incomodou Quim, no período de maior pressão da sua equipa.
Vidigal
Com a experiência acumulada ao longo dos anos, com a louvável trajectória em Portugal e em Itália, torna-se quase contraproducente ver Vidigal a realizar exibições sofríveis fora da sua posição, no Estrela da Amadora. Os problemas físicos no sector têm motivado a adaptação do antigo internacional português, mas Vidigal não consegue disfarçar a falta de rotinas e acaba por comprometer em demasia. Escusado.