Com o encerramento do espaço aéreo da maioria dos países da Europa, na sequência das nuvens de cinzas expelidas pelo vulcão na Islândia, os preços podem começar a subir. Quem o diz é Nunes de Almeida, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

«Devido ao encerramento dos espaços aéreos e à inexistência de voos por parte das companhias de aviação, muito da carga aérea da Europa do Norte e do Centro, com destino para o Brasil e para a América Latina, começa a concentrar-se em Lisboa», explicou à Lusa Nunes de Almeida. Assim, «há uma saturação em termos de carga e o preço está a subir».

Vulcão: prejuízos nos mil milhões

O transporte rodoviário «está muito saturado e a procura é muito elevada», o que vai onerar os custos dos produtos, reforçou o dirigente empresarial.

«Sentimos que a preocupação das empresas é muito grande e começam a ser confrontadas em termos de circulação de mercadorias, pois a falta de um produto ou de uma componente que seja enviada por via aérea pode complicar o processo de produção final», Nunes de Almeida.

O responsável aponta também para o facto dos camiões com produtos provenientes, sobretudo, do centro da Europa estão a encontrar em Portugal «uma porta de saída» para aqueles mercados.