Segundo a Lusa, Celestino Corbacho, ministro do Trabalho, disse no parlamento-na primeira sessão de controlo ao governo de 2009-que as previsões do governo apontam para que o desemprego não vai ultrapassar os 15,9 por cento.
Isso significa, disse, uma subida dos actuais 3,3 milhões de desempregados, mas sempre para valores abaixo dos quatro milhões.
Corbacho respondia ao deputado do Partido Popular (PP), José Ignacio Echániz, que afirmou que o número de desempregados chegará facilmente aos quatro milhões e que os dados actuais já não contabilizam cerca de 400 mil pessoas que não estão nas listas, por vários motivos.
«Em poucas semanas», disse, «vamos passar os quatro milhões de desempregados e o Governo terá depois que mudar a sua previsão para os cinco milhões».
Corbacho rejeitou os números, insistindo que o governo manterá o apoio a todos os desempregados, e não prevê nem congelar salários nem qualquer alteração à lei de despedimentos, como pretendem algumas organizações patronais.
As contas do governo são rejeitadas por um estudo divulgado este dia que prevê que a taxa de desemprego passe dos actuais 13,9 para os 16% só no primeiro trimestre do ano, devendo abranger até ao final do ano os quatro milhões de pessoas.
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