Ninguém se lembra de prejuízos tão elevados para o Turismo do Algarve. O culpado, o vulcão islandês que paralisou o espaço aéreo europeu, deixou marcas bem pesadas para a região mais a sul do país: as perdas são, no mínimo, de 9 milhões de euros, avançou a «TSF» esta sexta-feira.

Vulcão: aviação perdeu entre 1.500 e 2.500 milhões

Prejuízos para turismo europeu chegam a 1.700 milhões

Perdeu-se muito dinheiro num curto espaço de tempo. Perderam-se também muitos turistas, já que, segundo o secretário de Estado do Turismo vários milhares deixaram de poder passar férias no Algarve.

Nuno Aires adiantou ainda que «o número de voos comerciais cancelados atingiu as 336 chegadas e o número estimado de passageiros afectados chegou aos cerca de 46 mil que não desembarcaram no aeroporto internacional».

E não foi só o tráfego aéreo o único prejudicado. A nuvem de cinzas deixou rasto nas empresas de aluguer de automóveis. Em declarações à mesma rádio, o presidente da associação do sector fala em prejuízos de 1 milhão de euros.

Ou seja, o quadro é ainda mais negro do que antes: «Agravou uma crise grave que o sector está a atravessar. Nestes seis ou sete dias em que o espaço aéreo esteve fechado tivemos cerca de 38.500 dias de aluguer que não foram efectuados.

Este sector, à semelhança do que se está a pensar com aviação, terá que ter algum apoio estatal para minorar estes prejuízos», explicou Joaquim Robalo de Almeida.

O caos aéreo traduziu-se assim num caos para as contas da região do Algarve. Embora os prejuízos ainda não tenham sido totalmente contabilizados, só na região mais turística do país a factura já vai nos 10 milhões de euros. A natureza pregou uma partida à economia nacional.