Eduardo Barroso não quer pronunciar-se sobre a contratação de Jesualdo Ferreira, dizendo apenas que espera a escolha de um manager do futebol leonino não venha a afetar o treinador belga Franky Vercauteren. O presidente da Mesa da Assembleia-Geral (AG) do Sporting foi ouvir os bancos credores do Sporting para perceber se só há dinheiro com Godinho Lopes.
«A minha opinião sobre Vercauteren é a análise que faço aos resultados da equipa. Agora, só espero que a contratação de Jesualdo Ferreira não afete o treinador atual, que tenham sido muito bem explicadas as funções de cada um deles», disse Eduardo Barroso à Agência Lusa, quando questionado se deixou de acreditar que Vercauteren tem capacidade para dar a volta à situação da equipa de futebol e reconduzi-la no caminho das vitórias.
Eduardo Barroso não quis pronunciar-se sobre a contratação de Jesualdo Ferreira para manager: «Não me pronuncio sobre ela. Limito-me a constatar que faltava alguém na SAD do Sporting que percebesse, verdadeiramente, de futebol e que pudesse aconselhar Godinho Lopes a tomar as decisões corretas».
Confrontado com uma afirmação sua, segundo a qual a contratação de Jesualdo Ferreira era «mais uma solução de recurso», Eduardo Barroso negou que fosse de sua autoria: «O que disse é que era fundamental ter alguém na SAD que percebesse de futebol. E recuso discutir o nome de Jesualdo, que não está em questão e de quem sou amigo, e espero que seja muito feliz no Sporting».
No entanto, não desmentiu que tivesse dito, em declarações ao programa Prolongamento da TVI 24, que «se são os Bancos que dizem: ou é este ou não há dinheiro, então voto em Godinho Lopes por amor ao Sporting. Mas têm de assumir».
«Disse que era conveniente saber o que pensam os Bancos, que já tiveram a gentileza de nos receber para explicar a sua posição. Não lhe vou é revelar o resultado dessa reunião», disse Eduardo Barroso, que não quis especificar em que dia a mesma ocorreu.
Perante a insistência, limitou-se a dizer que os membros da Mesa da AG «foram recebidos e informados» pelos Bancos, reunião com a qual «Godinho Lopes concordou», e que o objetivo daquela «não foi pedir nenhuma informação especial», mas sim a de «ouvir a opinião dos Bancos, que são credores do Sporting».
De resto, o dirigente não tem recolhido apenas a opinião do Bancos, mas também a de «muitos sócios do clube, quer a nível individual quer a nível mais organizado», para avaliar «qual o timing para os ouvir» em Assembleia-Geral. «É inevitável e inexorável dar a palavra aos sócios».
Por outro lado, Barroso não «enfia a carapuça» sobre as críticas que lhe apontam de desestabilizar o clube, tendo ele especiais responsabilidades pelas funções que desempenha. «Nunca ouvi nenhuma acusação dessas por parte de Godinho Lopes. Ele sabe que tem contado com a solidariedade da Mesa da AG. Agora, o que não abdicamos é dos direitos e das responsabilidades que temos por ter sido eleitos», referiu Eduardo Barroso, alegando «a legitimidade» do órgão a que preside, eleito «democraticamente pelos sócios» do Sporting.