Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e Juventude, avisou esta sexta-feira que o Estado será sempre  «o garante do cumprimento da lei», caso se mantenha a confusão em redor das eleições para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

«Reafirmo aquilo que já disse. A lei tem soluções para todos os problemas. Nós estamos empenhados em fazer com que a lei seja cumprida. Cada parte sabe o que tem de fazer - clubes, Liga e Federação [Portuguesa de Futebol] e nós próprios - e nós seremos o garante do cumprimento da lei», disse hoje o governante à margem de uma iniciativa para colheita de sangue.

O atual presidente da Liga de Clubes, Mário Figueiredo, apresentou uma providência cautelar para travar os acórdãos do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que obrigam à repetição das eleições na Liga. «O facto de o doutor Mário Figueiredo ter recorrido à Justiça é um direito que lhe assiste. [...] Gostaria contudo de salientar que seria importante para o futebol que estas matérias fossem resolvidas rapidamente», comentou ainda Emídio Guerreiro.

O secretário de Estado reiterou que a FPF apenas tem o estatuto de utilidade pública desportiva porque o Estado delega nela a competência legal para a promoção e organização da modalidades futebol e sublinhou que a lei é bem clara quanto à atuação de todos. «A lei prevê que nos desportos em que exista competição profissional haja uma liga profissional, uma entidade privada cujos associados são os clubes profissionais, e define muito bem o âmbito de atuação de uns e de outros, as fronteiras e as consequências da ação e da inação de umas e de outras», avisou ainda o governante.

Ao Governo, alertou ainda Emídio Guerreiro, cabe o papel de fiscalização e acompanhamento.
«E não abdicaremos de exercer as nossas competências. Exorto é que cada um assuma as suas», reiterou.