Elinton, o português do Marselha: «Vão ser dois grandes jogos»

Se pensa que o Marselha não tem nenhum jogador português no plantel, então fique a saber que está enganado! O Maisfutebol até já lhe deu a conhecer Elinton Andrade, o guarda-redes luso-brasileiro que representa o emblema francês. O jogo com o Benfica serve de pretexto para nova conversa, e logo no dia em que renovou contrato até 2012, segundo confidenciou ao nosso jornal.
Elinton não esconde que está ansioso pelo regresso a Portugal, para jogar num palco que já visitou. «Falei com os meus familiares, para me irem ver no dia 11 de Março. Quando estava a tratar da minha naturalização tinha de ir várias vezes a Lisboa, e aproveitava para conhecer a cidade, com a minha esposa. Visitei o Estádio da Luz, e é espectacular, embora não tenha assistido a nenhum jogo», diz o jogador, que até chegou a contactar com Mozer, antigo defesa de Benfica e Marselha.
O guarda-redes luso-brasileiro espera «dois grandes jogos» entre Benfica e Marselha. «O futebol é momento, e as duas equipas estão numa boa fase. Quando um jogador tem confiança, tudo sai bem. São equipas parecidas, que gostam de trocar a bola», analisa, sem querer revelar os segredos do seu clube.
Elinton não conhecia a história do golo de Vata, mas não acredita que em Marselha se passe a mensagem de vingança: «É um clube sensacional em tudo. A única rivalidade é com o PSG (adversário do próximo domingo). Nunca vi nada assim. Deve ser pior que um Benfica-F.C. Porto», afirma.
Benfica já não tem segredos
Embora tenha vivido em Portugal, e tenha passaporte luso, Elinton não é o principal «informador» do Marselha. «O Lucho acompanha muito o futebol português, para ver o F.C. Porto e não só. O Gabriel Heinze também, uma vez que jogou no Sporting. No balneário comentámos logo que iam ser dois grandes jogos», conta.
Mas embora o Marselha tenha vários elementos bem informados sobre o futebol português, Elinton não deixa de surpreender. O luso-brasileiro está perfeitamente familiarizado com a equipa do Benfica, principalmente com os colegas de posto. «O Júlio César atravessou um momento muito bom no Botafogo. Depois teve um jogo menos feliz e foi muito criticado, algo que é normal no Brasil, e não só. Se calhar foi o melhor que lhe aconteceu. Esteve muito bem no Belenenses e agora assinou por cinco anos pelo Benfica, onde tem jogado na Liga Europa», responde, com grande acerto. Os outros guarda-redes das «águias» também têm perfil traçado: «O Quim já é muito conhecido, e não só em Portugal. O Moreira foi uma promessa durante vários anos, mas não tem jogado por causa das lesões que sofreu», completa.
Preocupação com Peçanha
A conversa sobre o Benfica-Marselha é interrompida a dada altura por Elinton. A boa disposição é, por momentos, substituída por um ar preocupado. «Vi as imagens daquela catástrofe que atingiu a Madeira. Sou muito amigo do Peçanha. Está tudo bem com ele?», perguntou o jogador do Marselha.
Assim que foi ouviu dizer que estava tudo bem com o guarda-redes do Marítimo, e também com Pitbull, Elinton não escondeu o ar aliviado, ainda que se tenha mostrado impressionado com a dimensão do drama madeirense.