1. Elasticidade. Além de levezinho, Liedson é acima de tudo elástico, esguio e mestre na fuga à marcação dos centrais contrários. Não se inibe pela diferença de estaturas, cola-se mesmo aos maiores para ganhar a bola e fugir em dois toques. Não será fácil a Bruno Alves mantê-lo debaixo de olho até porque o brasileiro tanto está ao centro, como foge para os flancos para voltar a surgir do nada na zona de finalização. Recordam-se daquele lance de há um ano, também em Alvalade, quando o levezinho se elevou mais alto do que a defesa do F.C. Porto para desviar um cruzamento de Carlos Martins para a barra? É que além da agilidade, Liedson (63kg) tem menos vinte quilos do que Bruno Alves (83kg) e não precisa de tanta força para se elevar nas alturas. Bruno Alves terá de flectir os joelhos para ganhar impulso, enquanto Liedson «flutua» numa abrir e fechar de olhos.
Bruno Alves leva a melhor sobre Liedson
2. Motivação. Liedson pode não estar a atravessar um grande momento, longe dos golos, apagado e pouco sorridente. Mas é nestes grandes jogos que gosta de brilhar e que volta a aparecer no seu melhor. O levezinho dá-se bem com os holofotes, gosta de atrair as atenções e, para isso, nada melhor do que bater um oponente directo para fazer a bola chegar às redes, fazer explodir as bancadas e atrair os grandes planos das câmaras. Além disso, Helton é dos pouco guarda-redes que ainda não foi vítima das suas «diabraduras».
3. Engodo. Mesmo sem marcar golos, Liedson poderá ser decisivo no clássico graças à sua mobilidade. Ao fugir para as alas, atrai facilmente os defesas contrários na sua peugada, abrindo brechas para os remates dos seus companheiros. Não é por acaso que Vukcevic, nos últimos jogos, desatou a marcar golos. O levezinho provoca desequilíbrios e deixa mais espaço e tempo para os seus companheiros encontrarem o melhor caminho para a baliza de Helton. Uma técnica de jogo invisível que Liedson tem vindo a aperfeiçoar que certamente lhe dará menos protagonismo, mas que qualquer treinador gosta de ter do seu lado.