Paulo Machado cumpre esta época o segundo ano ao serviço do Dínamo Zagreb. Depois de vencer a dobradinha no primeiro ano, o médio português está satisfeito no clube.

No entanto, no início da temporada protagonizou um episódio que lhe poderia ter valido a rescisão do contrato.

O apoio da direção e de todo a equipa garantiu-lhe a permanência, mas os adeptos ficaram magoados depois de o português lhes ter endereçado um gesto inesperado e menos simpático.

Sabendo da importância dos adeptos, Paulo Machado já tinha dito ao Maisfutebol que queria fazer as pazes com a massa associativa e já o fez. Marcou logo num dos jogos seguintes

Assim, em tempo de pausa e novamente à conversa com o Maisfutebol, Paulo Machado falou dos objetivos com a camisola do Dínamo e do que espera desta temporada. 

Como está a correr a época, a nível desportivo?
Até agora está a correr bem, tanto individual como coletivamente. O objetivo inicial da época era entrar na Champions e conseguimos esse feito histórico.

E quais são os restantes objetivos?
Passam por vencer, outra vez, o campeonato e a Taça da Croácia. Títulos que vencemos na última temporada. Ainda que não tenhamos começado da melhor maneira, devido aos dois primeiros empates, estamos no bom caminho e estamos em primeiro lugar à oitava jornada. Quanto à Liga dos Campeões, sabemos que tudo pode acontecer. Vamos ter adversários muito fortes pela frente [Arsenal, Olympiakos e Bayern Munique]. Vamos ver.

Este ano protagonizou um mau episódio com os adeptos. Está psicologicamente recomposto?
Sim, claro que sim. Toda a gente sabe que foi um episódio negativo, tanto para mim como para o clube, mas já está ultrapassado. Segui em frente e continuei a trabalhar. Eu já esqueci, é natural que haja pessoas que ainda não o tenham feito, porque não foi bonito, mas espero que em breve o esqueçam.

Na altura disse que queria fazer as pazes com os adeptos. Sente que já as fez ou ainda tem de mostrar mais alguma coisa?

Quem entende o futebol, acho que já me perdoou. O jogo estava a ser mau para nós. Como se costuma dizer, «errar é humano». Acredito que já tenha começado a fazer as pazes e que haja adeptos que já se esqueceram, porque já voltei a jogar e marquei um golo quase logo a seguir. Mas acredito, como disse, que haja alguns que ainda não me tenham perdoado. Por vezes, é mais fácil relembrar as coisas más que fazemos do que as boas.

Mas sente o apoio de toda a gente? Está safisfeito no clube?
Sim, sem dúvida. Desde que cheguei, em 2014/2015, que sinto o apoio de toda a estrutura, jogadores e adeptos. E desde esse episódio isso também não me falta. Pelo contrário, ainda demonstram mais carinho. Este é o espírito deste clube: ser uma família.

Para isso também contribuem Eduardo, Ivo Pinto, Gonçalo Santos... não é? Como é jogar fora de Portugal com tantos portugueses?
É bom. Já estou habituado a jogar fora de Portugal, mas com tantos portugueses ainda não me tinha acontecido. Tem sido muito positivo, porque, para além de companheiros de equipa, são amigos. Apesar disso, no balneário estamos todos juntos. Não estamos divididos por países, mas é normal haver aqueles com quem nos damos melhor.



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