O ex-vice-presidente da FIFA, Jeffrey Webb, declarou-se inocente do escândalo de corrupção que estalou no seio do organismo, após ter sido ouvido no tribunal federal de Brooklyn.

Webb saiu em liberdade mediante caução de dez milhões de dólares (cerca de 9,2 milhões de euros), mas deverá ter que se manter num raio de 32 quilómetros em redor do tribunal federal de Brooklyn.

O ex-dirigente da FIFA, de 50 anos, foi antigo vice-presidente da FIFA e antigo presidente da CONCACAF (América do Norte, Central e Caraíbas) e goza da dupla nacionalidade, inglesa e das ilhas Caimão.

É o primeiro dos sete responsáveis da FIFA detidos a 27 de maio último, em Zurique (Suíça), que terão de comparecer em Nova Iorque, sendo que os restante seis recusam-se a ser extraditados, num processo que pode se arrastar durante meses.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou em maio nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois ex-vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que era também presidente da CONCACAF, assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.