Giovanella, jogador do Celta de Vigo, foi suspenso por dois anos por ter acusado doping num jogo da temporada passada. O médio brasileiro contesta a sanção, imposta esta quarta-feira pelo Comité de Competição da Federação Espanhola, e promete «lutar» para provar a sua inocência.
O teste positivo, de nandrolona, ocorreu no final do jogo entre o Celta de Vigo e o Pontevedra, do passado dia 19 de Dezembro. O médio brasileiro pediu a contra-análise que confirmou a presença da substância proibida.
«Estou tranquilo pois tenho a consciência tranquilo», afirmou Giovanella depois do treino matinal da equipa galega. «O que eu quero é provar a minha inocência e é por isso que vou lutar até o conseguir», frisou o médio, que revelou que outros interesses podem estar por detrás dessa decisão: «Parece que há alguém que deseja que eu jogue futebol».
Para o jogador de 35 anos é necessário estudar melhor estes casos de doping, que, segundo Giovanella, podem acontecer a qualquer um, e aponta o caso de Gurpegui, do Athletic de Bilbao, que desde 2002 responde à mesma acusação: «Noutra altura tocou a Gurpegui, por isso creio que é claro que tem de se estudar melhor estes casos porque a normativa tem que mudar».
Entretanto o Celta de Vigo já anunciou que vai apresentar recurso para que a decisão tomada seja suspensa. Pablo Viana, advogado do clube, promete não desistir se o recurso for negado. «O clube irá recorrer para o Comité Superior de Disciplina Desportiva e se também não for aceite, para a justiça ordinária, como sucedeu no caso de Gurpegui, que se encontra no Tribunal Superior», afirmou Viana.
Um dos argumentos sustentados pela defesa de Giovanella é baseada num estudo da Agência Mundial Antidoping (WADA), que refere que o armazenamento inadequado de amostras de urina pode adulterar a sua composição e originar o aparecimento de nandrolona.