A greve dos futebolistas profissionais espanhóis continua de pé, depois de mais uma reunião infrutífera entre representantes do sindicato e dirigentes da Liga, nesta segunda-feira. A Liga Espanhola (LFP) já anunciou a marcação de outra reunião, ao princípio da tarde de terça-feira, para tentar um entendimento.

Depois do adiamento da primeira jornada, é a realização da segunda ronda a estar em causa, com o prolongamento da greve, motivada pelo facto de 200 futebolistas reclamarem dívidas por parte dos clubes da Liga, no valor de 50 milhões de euros. Esta foi a quarta reunião destinada a pôr fim ao diferendo.

O presidente da LFP, José Luis Astiazarán, mostra-se optimista quanto ao desenvolvimento das negociações: «Já demonstrámos que queremos um acordo e continuamos a apresentar propostas para tentar desbloquear a situação. Esta foi uma reunião de trabalho, mais do que uma negociação directa», assegurou. Ao mesmo tempo, Astiazarán rejeitou qualquer cenário de demissão: «Fui eleito pelos clubes e não penso abandonar as minhas funções», assegurou.

Por sua vez, o sindicalista Luis Gil foi mais contido no optimismo, lembrando que as duas partes continuam «muito distantes de um entendimento». Já o presidente do Levante, Francisco Catalán, assegurou que «todos os clubes estão com a LPF e continuarão a apoiá-la». A principal reivindicação dos jogadores espanhóis é um acordo que garanta o pagamento das verbas em dívida e a sua calendarização.