Roberto Ayala, antigo jogador e secretário técnico do Valência, revelou que pediu para sair do clube por não concordar com a gestão do mesmo, nomeadamente com as compras de jogadores por preços inflacionados, algo que diz ser prática de um «triângulo perigoso» formado por Peter Lim, o treinador da altura Nuno Espírito Santo e o empresário Jorge Mendes.

«Dei um passo para trás quando vi que as coisas não estavam bem. Havia um triângulo perigoso entre o dono (Peter Lim), o treinado (Nuno Espírito Santo) e [Jorge] Mendes, o empresário. Um triângulo que não ia ajudar o clube», defende o antigo internacional argentino, em declarações ao jornal «La Nación».

Ayala explica que o plano inicial, que nas suas palavras era «perfeito», nada tinha a ver com a aplicação prática que foi feita.

«Havia uma secretaria técnica que vasculhava todo o mercado à procura do que de melhor havia para o clube. Depois a equipa técnica potenciava o jogador e havia ainda o empresário mais hábil do mundo para negociar», enumera.

O problema, no seu entender, é que as coisas não levaram o caminho certo: «Compraram a preços exagerados e eu não podia participar nesse estilo de gestão.»

Na era Nuno Espírito Santo chegaram ao Valência, oriundos do mercado português, jogadores como Enzo Pérez, Rodrigo, André Gomes, João Cancelo, Filipe Augusto, Danilo ou Aderlan Santos.