A entidade, que se dedica à mediação financeira, sublinha que a diminuição de concessão de empréstimos se sente no financiamento hipotecário e no crédito pessoal.
Triplicam PME a quem é rejeitado crédito
Painéis solares: crédito «chave na mão»
Há apenas um ano, qualquer operação hipotecária que representasse 80 por cento do valor do bem e um rácio de endividamento de 40 por cento, acompanhados de um contrato laboral indefinido, era aprovada sem maiores complicações.
Hoje um empréstimo nas mesmas condições tem de ser acompanhado de um aval com suficiente solvência económica e patrimonial «que não está ao alcance da maioria dos que solicitam crédito».
Rácio de «loan to value» caiu para menos 65%
O rácio de «loan to value» (percentagem do valor do bem) caiu para menos de 65 por cento com um rácio de endividamento de 30 por cento.
«Há pessoas que podem comprometer-se ao pagamento de um compromisso financeiro sem qualquer problema que depois vêem, estupefactos, não poderem comprar uma casa, fazer um refinanciamento ou simplesmente mudar de carro», explica a Agência Negociadora.
«Espiral de temor e incerteza»
«O que é transmitido aos clientes é uma sensação de crise absoluta e de situação económica caótica», diz a entidade, «o que impulsiona instintivamente a consumir menos, alimentando uma espiral de temor e incerteza».
«Este é o ciclo vicioso da recessão económica», sustenta, descartando melhorias económicas este ano se as restrições ao consumo de crédito não forem reduzidas.
Nesse sentido, a entidade defende que «se tomem as medidas necessárias, por muito traumáticas que sejam», para responder à situação.
O sistema financeiro deve «reconhecer os seus problemas de solvência e abordar imediatamente um caminho de recapitalização».
Ministro das Finanças, demita-se!
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