O presidente da SAD do Estoril, António Figueiredo, revelou esta terça-feira que «todos os jogadores do plantel estão em condições de rescindir», o que dá uma ideia da dimensão da crise.
António Figueiredo passou pelo clube de manhã, conversou com os jogadores, mas não fez qualquer promessa. «Não posso comprometer-me com prazos, porque não quero que um dia mais tarde me chamem mentiroso na rua».
O presidente deixou nas mãos dos jogadores a decisão final da greve, tendo explicado ao plantel o esforço que está a fazer para corresponder aos compromissos firmados no início da temporada. «Mantemos contactos com diversos investidores e se algumas das entidades que nos devem dinheiro pagassem, poderíamos pelo menos minorar a situação, mas seria quase um milagre se isso sucedesse ainda esta terça-feira», confessou.
Depois de lembrar que «a administração não é remunerada», Figueiredo historiou o processo que conduziu a este momento delicado. «No início da época as pessoas que possuem 40 por cento da SAD prepararam a época connosco, mas a verdade é que nunca colocaram no Estoril o dinheiro que era necessário, daí estarmos assim», explicou.
Figueiredo espera agora que os investidores estejam dispostos a passar, «a custo zero», as acções a outro investidor que deseje pegar no clube. Só assim será possível «evitar a falência», diz. O presidente afirmou ainda aos jogadores que a eventual greve ao jogo com o Barreirense «poderia afastar as pessoas» com quem está a dialogar.