Mantorras

Demorou a entrar no jogo, mas, mais uma vez, revelou-se decisivo. No primeiro tempo esteve discreto apesar de ter usufrído do espaço que tanto precisa. As bolas raramente lhe chegavam e foi forçado a recuar para ir buscar jogo mais atrás. No segundo tempo, quando o Alverca já jogava em contra-ataque, foi muito solicitado pelos companheiros e acabou por marcar o golo decisivo. Lançado por Caju, disparou no seu estilo característico, desengoçado e transmitindo a sensação que vai perder o controlo da bola a qualquer momento. Luís Vasco saiu aos seus pés e o angolando, com um toque subtil e com alguma fortuna, ficou isolado com a baliza descancarada pela frente. Teve outras oportunidades, em particular, pelo flanco direito, de onde surgiu, por várias vezes com perigo. 

Ramires

Tarde inspirada do extremo direito do Alverca. Conseguiu o golo da igualdade, pleno de oportunidade, escapando pelo meio dos defesas do Estrela para bater Luís Carlos. Dinamizou todo o corredor dieito onde se entendeu bem com Rui Borges, que por vezes deixou a esquerda pela direita, e, mais tarde, com Mantorras. A velocidade permite-lhe chegar à linha de fundo com tempo para procurar os companheiros na área. Os seus cruzamentos nunca deram golo, mas estiveram várias vezes perto disso. 

Gaúcho I

É um jogador de qualidade que dificilmente acompanhará a equipa para a segunda liga. Parece ter um sexto sentido que lhe permite estar quase sempre no sítio certo. É pena que os seus companheiros não o solicitem de forma adequada. Isto é, que lhe passem a bola em condições e no momento certo. Na única vez que o conseguiram, marcou. Paulo Ferreira cruzou da esquerda e o avançado brasileiro escondeu-se discreto atrás de Veríssimo. Quando o central do Alverca deu por ele, estava livre e solto para cabecear para a a baliza de Paulo Santos. 

Ricardo Carvalho

No período de maior pressão do Estrela, o Alverca ficou a dever muito a Ricardo Carvalho. Veríssimo alinhou com a desorientação que os seus companheiros manifestaram nos minutos a que se seguiram ao golo madrugador do Estrela e coube a Ricardo Carvalho manter a serenidade para cortar as bolas nos momentos certos. Incansável, o jovem jogador procurou sacudir a pressão saindo a jogar com a bola nos pés, chegando muitas vezes à área contrária sem companhia.