O Estrela da Amadora despede-se da Superliga com mais uma goleada. A partir desde sábado já nem a matemática pode ajudar a equipa de Miguel Quaresma.
Nestas alturas há tendência para não bater mais no coitadinho e desejar até um rápido regresso a quem desce. A verdade é que o clube da Reboleira é um daqueles que fazem pouco sentido numa competição profissional.
O Estrela quase não tem sócios, não arrasta adeptos quando vai fora, nunca enche a Reboleira. Fala-se muito no Restelo, o estádio que nunca enche, mas alguém se lembra de ver o José Gomes esgotado?
No tempo em que os bingos eram a diversão dos subúrbios, o Estrela encontrava nas bolinhas o sustento e a razão de existir. Agora nem isso.
Sem adeptos, com uma equipa remendada, inúmeros problemas directivos e um treinador sem experiência, resulta evidente que o lugar do Estrela não é na Superliga.
De uma campanha recheada de «chapas 4» e com apenas três pontos fora de casa fica apenas uma certeza: Júlio César, autor de quase cinquenta por cento dos golos da equipa, é jogador.