Marek Hamsik e Vladimír Weiss. Vladimír Weiss e Marek Hamsik. A história deste Rússia-Eslováquia gira em torno das principais figuras eslovacas. Foi a arte da dupla a garantir o triunfo frente à seleção russa (1-2).

Mudam-se assim as contas do Grupo B. A Eslováquia, que saíra derrotada da jornada inaugural, salta para o patamar dos 3 pontos, iguala o País de Gales e ultrapassa a Rússia, limitada ao ponto conquistado frente a Inglaterra.

Weiss e Hamsik terminaram o encontro com um golo e uma assistência para cada um. O médio serviu o extremo, Weiss devolveu a gentileza já em cima do intervalo. Foram no fundo regra e esquadro para um desenho perfeito.

Não acontecia nada do género desde o Euro2004 em Portugal, quando Scholes e Rooney formaram uma parceria na vitória de Inglaterra frente à Croácia, no Estádio da Luz (2-4).

EIS A FICHA DE JOGO

A Eslováquia – com três mudanças no onze – assumiu a iniciativa de jogo mas seria a Rússia a criar a melhor oportunidade, já perto da meia-hora, quando Smolov atirou ligeiramente ao lado. Por essa altura os russos tinha equilibrado o jogo mas vacilavam defensivamente.

Ao minuto 32, Marek Hamsik abriu de forma primorosa para Weiss na esquerda e o extremo fez o resto. Schennikov estava mal posicionado, tentou recuperado mas foi enganado pela finta de Weiss, já na área, a par de Berezutski. Já com espaço, o jogador eslovaco atirou em arco e inaugurou a contagem.

A Rússia, apresentando o mesmo onze que garantiu o ponto na jornada inaugural, acusou o golo consentido e ficou totalmente desorientada. Tanto que viria a sofrer mais um a caminho do intervalo.

TUDO SOBRE O EURO

Hamsik agradeceu a falta de concentração dos adversários num canto curto cobrado por Weiss. Inverteram-se os papéis e tudo o resto foi magia do artista do Nápoles.

Receção com o pé direito, finta sobre Shatov com o esquerdo e um remate fenomenal, deliciosamente colocado, novamente com o direito. A bola ainda bateu no poste mais distante antes de entrar. Um sério candidato a golo do torneio.

A Eslováquia foi assim a primeira equipa a chegar ao intervalo com uma vantagem de dois golos.

Leonid Slutsky estava irritado com o desempenho do último reduto e a falta de cobertura do setor intermediário. No reatamento, trocou os dois médios de caraterísticas mais defensivas para lançar Mamaev e Glushakov.

O ataque russo tardava em causar verdadeiro perigo, não obstante os apontamentos de Smolov e Shatov. A pressão aumentaria já no último quarto-de-hora.

Seria Shatov a criar o desequilíbrio para o 1-2. Domínio, tabela com Shirokov e o cruzamento perfeito para bom cabeceamento de Glushakov.

Faltavam dez minutos para o final do encontro e seguiu-se uma fase de verdadeiro sufoco para a Eslováquia. A Rússia quis fazer nesse período o que não conseguira antes mas a sorte protegeu quem já tinha feito o suficiente para merecer a felicidade.