António Gaspar é dos membros mais antigos da equipa técnica da seleção nacional: está no grupo desde que Humberto Coelho era selecionador, tendo saído apenas na éoca de António Oliveira. Por isso acompanhou Portugal em cinco fases finais: Euro 2000, 2004 e 2008, Mundial 2006 e 2010.

O Euro 2012 será por isso a sexta fase final do fisioterapeuta, que confessa estar a viver apenas «uma ansiedade controlada». «Esperamos que não haja lesões, mas estamos sempre preparados para lidar com elas se existirem: queremos optimizar o trabalho do selecionador nacional.»

«Os níveis competitivos que todos os jogadores da seleção nacional têm desenvolvido nos clubes proporciona que nesta altura estejam com um estado físico e anímico desgastado. Compete-nos desenvolver um trabalho de forma a melhorar esses níveis para estarem em boa forma.»

Nesta entrevista à TVI, António Gaspar lembra que «a motivação que cada jogador irá ter é fundamental para que haja êxito», pelo que o cansaço acaba por ser ultrapassável. «Estou convicto que todos os jogadores estejam mais do que motivados para fazer uma boa participação.»

«Vamos fazer uma avaliação do estado dos jogadores, para tentarmos desenvolver o reequilíbrio físico e anímico da equipa, e dos jogadores em particular. Foi uma época muito desgastante, estão sobrecarregados com jogos e é nessa perspetiva que vamos trabalhar para reequilibrar os atletas.»

As lesões, claro, são o maior pesadelo de António Gaspar. Trabalha, aliás para tentar sobretudo evitá-las. «Infelizmente as lesão são sempre uma preocupação que existe», sublinha. «A qualquer momento qualquer jogador pode ter uma lesão, espero que não haja complicações graves.»

O fisiologista afirma-se mais um elemento de uma estrutura que só sabe trabalhar em conjunto e que está otimizada para atingir o sucesso. «O nosso desejo é ir o mais longe possível e o mais longe possível é estar na final», diz. «Mas mais do que isso, queremos lutar jogo a jogo e etapa a etapa.»