Início animado do Euro2012. O Polónia-Grécia não foi um hino ao futebol, no que à qualidade de jogo diz respeito, mas teve bons ingredientes para uma entrada: dois golos, duas expulsões e emoção.

Pela mente de quem viu o jogo ainda terá passado um «déjà vu» do jogo inaugural de 2004, mas o penalty falhado por Karagounis evitou que a história se repetisse. O jogo terminou empatado a uma bola, mas Fernando Santos tem mérito na forma como recuperou uma seleção que, ao intervalo, parecia condenada à derrota.

O arranque esperado, pela faixa da direita

Apoiada por cerca de 50 mil pessoas no Estádio Nacional de Varsóvia, a Polónia estava quase obrigada a entrar forte no jogo. E foi isso que fez, procurando quase sempre o lado direito do ataque. Foi com essa receita que chegou à vantagem, quando estavam cumpridos dezassete minutos, por intermédio do inevitável Robert Lewandowski. Depois de duas tentativas desperdiçadas, em moldes idênticos, estava feito o primeiro golo do torneio.

Veja o resumo do jogo

Na primeira parte a Grécia mostrou as esperadas dificuldades para sair em ataque organizado, e foi de bola parada que construiu a única situação de perigo, com Gekas a cabecear ao lado, na sequência de um livre de Karagounis (12m). Mais surpreendente foi a insegurança defensiva revelada por uma seleção que na fase de qualificação só tinha sofrido cinco golos. Fernando Santos chegou mesmo ao intervalo sem os dois centrais titulares: Avraam Papadopoulos saiu lesionado e Papastathopoulos viu o segundo cartão amarelo.

Salpingidis só não conseguiu a reviravolta porque Katsouranis não deixou

Perante um cenário muito adverso, o treinador português conseguiu ressuscitar a Grécia. Katsouranis passou para o eixo de uma defesa que se tornou bem mais sólida, e Salpingidis entrou para assumir o papel de grande figura do encontro. Seis minutos depois de ter entrado, o avançado do PAOK restabeleceu a igualdade, para mais tarde conquistar uma grande penalidade que ditou a expulsão de Szczesny (69m).

Anulada a inferioridade numérica, a Grécia tinha soberana oportunidade para adiantar-se no marcador, mas Karagounis permitiu a defesa do recém-entrado Tyton. A memória do jogo inaugural de 2004, quando a Grécia venceu Portugal por 2-1, com um penalty, logo se desvaneceu.