Eusébio esteve esta segunda-feira no lançamento da colecção «Grandes Ídolos do Benfica», uma colecção de medalhas cada uma com a cara de jogadores que deixaram a sua marca no clube encarando, Espírito Santo, Coluna, Chalana, António Simões, Rogério «Pipi», Nené, Humberto Coelho e os já falecidos José Águas e Germano.
No final não fugiu a meia-dúzia de perguntas sobre o momento do Benfica. «Não gosto de fazer previsões, só peço a Deus que não haja mais lesões», referiu. «Espero que os lesionados recuperem rapidamente para termos mais jogadores e conseguirmos ganhar. Só peço para que as lesões desapareçam desta casa, porque não são bem-vindas».
À margem das lesões, o embaixador encarnado exultou o momento da equipa também na Europa. «O Benfica está a crescer devagar, ninguém esperava aquele grande jogo com o Manchester», começou por dizer. «Eu sempre acreditei que íamos vencer e por isso é que na véspera proferi aquelas declarações».
Apesar de tudo, Eusébio não viu o triunfo encarnado como uma vingança pela derrota na final da Taça dos Campeões Europeus em 1963. «Não gosto dessa palavra no futebol. Eu perdi 5-1 num dia memorável para mim, recordo-me do falecido George Best quando trocou a camisola comigo me ter dito que aquele tinha sido o melhor jogo da vida dele. Eu também tive os melhores jogos da minha, o Portugal-Coreia, por exemplo, e o Benfica-Real Madrid na Luz que terminou 5-1». Importante, diz, é que a equipa está melhor. «O Benfica está a subir pouco a pouco, está num bom período, quer na liga portuguesa quer na liga milionária podemos fazer uma boa campanha».