A Taça da Liga é a terceira competição em Portugal e por muito bonita que seja a final isso não mudará por decreto.

Dito isto, a Taça da Liga pode ter maior ou menor importância para quem a ganha ou perde dependendo do que se passa nas outras competições da época.

Se um clube está mal mas chega ali e ganha, isso não salva a temporada (por isso tanta gente no Sp. Braga falou logo no apuramento para a Liga dos Campeões), mas atenua. E sobretudo dá alento para o resto do campeonato.

Se um clube está bem mas chega ali e perde, não vem mal ao mundo.

O F.C. Porto é o clube português que, de longe, mais coisas tem vencido nas últimas décadas. Mas este ano está mal e até a Taça da Liga perdeu. De repente, esta final ganha maior peso. Neste caso um peso negativo.

No caso do F.C. Porto, perder com o Sporting de Braga acentua o cinzento da coisa. Afinal, os bracarenses não costumam ganhar coisas.

Não creio que a Taça da Liga tenha grande influência sobre a decisão de manter ou despedir Vítor Pereira.

Perder esta competição não é agradável mas ninguém o recordará se o F.C. Porto for campeão. Perder será mais uma coisa na lista desagradável caso o Benfica chegue em primeiro no campeonato.

Os jogadores do FC Porto entregaram-se ao jogo, quiseram ganhar. Infelizmente para o treinador, o foco recaiu numa das suas apostas, o central Ba, que o treinador optou por colocar no onze mantendo Otamendi no banco (apesar das limitações dos regulamentos, a escolha podia ter recaído sobre Castro, era mais seguro). Só ele saberá por quê. Um dia terá de explicar a gestão do plantel.

PS: Vítor Pereira tentou centrar a derrota no lance da grande penalidade. Tem razão. Foi determinante porque o F.C. Porto não aprendeu nada com o jogo de segunda-feira. O Sp. Braga fez uma jogada muito parecia com a que valeu o golo no Dragão. Dessa vez deu festa, desta vez deu falta, penalty e justo cartão amarelo. Como era o segundo, expulsão. Tudo certo. Tudo menos o discurso de treinador, que um dia terá de aceitar que perder também faz parte.