O F.C. Porto não foi a equipa que mais dinheiro encaixou no período de transferências de verão, mas foi a que mais lucrou. Na diferença entre compras e vendas, os bicampeões nacionais conseguiram um saldo positivo de 50,5 milhões de euros, superior a todos os rivais. Para isso em muito contribuiu o regime de contenção dos portistas que gastaram menos 50 milhões do que na época passada.
As vendas foram de 62,15 milhões, contando com os 40 milhões que o Zenit pagou por Hulk e o clube declarou à CMVM. Os gastos ficaram-se pelos 11,7 milhões, pelas contas da Agência Lusa.
No terceiro lugar, atrás de F.C. Porto e Milan, surge o Benfica. Os encarnados encaixaram mais dinheiro (69 milhões), mas também gastaram mais (26,25), o que totaliza um lucro de 42,8. O Milan, que foi segundo, teve 46,9 milhões de lucro. O Sp. Braga lucrou 5,1 milhões e o Sporting apresenta saldo negativo, com um prejuízo de 1,4 milhões (recebeu 7,5 e gastou 8,9).
Em termos gerais, os clubes portugueses estiveram mais contidos, gastando menos 76,3 milhões do que na temporada passada. Uma regra que se alargou à Europa, onde Portugal foi o sétimo país que mais gastou, tal como na época passada. Quase todos os campeonatos reduziram despesas com exceção de Inglaterra, Alemanha, França, Rússia e Ucrânia.
A Liga inglesa manteve a liderança pelo terceiro ano consecutivo, com 624,9 milhões investidos, mais 72 que no ano passado. Itália (375,5 ME) e Alemanha (241,5 ME) completam o pódio dos países mais gastadores.