Russell Latapy, 37 anos, um nome que não passa despercebido aos ouvidos dos adeptos portugueses. Brilhou no F.C. Porto, em meados da década de 90, também vestiu a camisola do Boavista, estando incluído no negócio que levou o brasileiro Artur a fazer o caminho entre o Bessa e as Antas. É o médio organizador de jogo Falkirk, o jogador mais influente, também é o treinador-adjunto, o técnico principal das reservas e observa jogos em Portugal para avaliar possíveis contratações. «Às vezes, nem sei como tenho tempo para isto tudo. A minha vida está completamente absorvida pelo futebol», diz.
Apesar da idade, Latapy é a grande estrela da companhia, fazendo-se valor do crédito conquistado no futebol escocês quando defendeu as cores do Hibernian e do Glasgow Rangers. «Hoje já não consigo correr como um maluco, não faço pressing, mas ainda me sinto útil na equipa. Tenho um ano de contrato. Se me sentir em condições no final da época, ainda posso jogar mais um ano», responde o experiente jogador, apontado pelos portugueses como um exemplo a seguir. «É o melhor futebolista com quem joguei. É muito habilidoso, faz coisas incríveis nos treinos e é sempre alvo de marcações cerradas pelos adversários», explica Jonas.
«Apesar da idade, ele ainda pode resolver um jogo. Faz coisas fantásticas», jura Vítor Lima. A forma de jogar do Falkirk também faz de Latapy uma figura fundamental na armação de jogo. «O treinador quer que os jogadores coloquem a bola no chão. Gosta que a bola corra de pé em pé. E eu sempre fui um jogador tecnicista», diz o ex-atleta da Académica, F.C. Porto e Boavista. Portanto, sente-se «útil» noonze. E quais são os objectivos da equipa? «Subimos de divisão, estamos muito bem no campeonato e queremos fazer a melhor classificação possível».
Apesar de ter 37 anos, ainda tem um sonho: «Estar no Campeonato do Mundo pela selecção de Trinidad e Tobago». Fica o registo.