Teve um sabor amargo o regresso de José Mota ao comando técnico do Paços de Ferreira. O Famalicão impôs o fator casa, venceu uma partida equilibrada, muito disputada e deu continuidade à fuga dos lugares de descida.

Contra a corrente do jogo, os locais abriram o marcador por Kadile. Os castores demoraram três minutos a responder, com Thomas a marcar o golo do empate. Logo no início da segunda parte, Francisco Moura apontou o golo que valeu os três pontos à turma minhota.

José Mota vai ter muito trabalho pela frente para tirar a formação pacense do penúltimo lugar do campeonato. O que sobrou em garra e atitude dos castores, faltou em organização e em fio de jogo, praticamente inexistente. Já o treinador famalicense respira com maior tranquilidade depois de alcançar o segundo triunfo à frente dos minhotos.

Eficácia famalicense

João Pedro Sousa, que frente ao Trofense usou praticamente a equipa habitual, fez apenas três alterações em relação a esse jogo da Taça de Portugal. Gustavo Assunção, Ivo Rodrigues e Rui Fonte ficaram no banco e saltaram para o onze Pelé, Kadile e Álex Millán. Já José Mota protagonizou uma maior mudança em relação à última equipa de César Peixoto. Saíram Jordi, Fernando Fonseca, Vasco Sousa, Luís Bastos, Matchoi e Butzke e entraram Vekic, Flávio Ramos, Antunes, Arthur Sales, Koffi e Thomas.

Os castores entraram melhor, com mais bola, obrigando os famalicenses a errarem muitos passes, ainda na primeira fase de construção. Ainda assim, o Paços de Ferreira não conseguia construir oportunidades claras de golo. Já o Famalicão marcou na primeira oportunidade. Bola longa de Penetra para as costas da defesa, Kadile aguentou a carga do defesa e, na cara de Vekic, atirou a contar.

Mas a resposta pacense foi rápida – três minutos depois – e eficaz. Delgado ganhou em velocidade na direita, cruzou para Koffi amortecer para Thomas disparar uma bomba que só parou no fundo das redes. Estava reposta a igualdade e justiça no marcador. Esperava-se que o jogo continuasse animado, mas foi o contrário. Tornou-se amorfo e sem sal, com apenas uma exceção para cada lado. Remate de Kadile a rasar o poste; canto direto de Antunes que Luiz Júnior voou para defender.

Golo a abrir sentenciou partida

Nenhum técnico quis mexer em tempo de intervalo, mas dez minutos depois estavam as duas equipas a fazer substituições. Antes disso, já o Famalicão tinha marcador, dois minutos após o reatamento. Francisco Moura apareceu no coração da área a dar o melhor seguimento ao cruzamento de Puma Rodriguez, com uma cabeçada, qual ponta de lança, certeira para o fundo das redes.

Depois, tal como já dissemos, vieram as mexidas: três de uma assentada para os locais e uma para os forasteiros. E pouco depois, novas alterações para as duas equipas, que foram quebrando o ritmo do encontro. Por isso, só nos últimos 15 minutos é que a partida voltou a animar.

Colombatto, na transformação de um livre direto, ficou a centímetros de aumentar a vantagem. À entrada dos último dez minutos, Cádiz, após jogada em que a turma pacense mostrou total passividade, rematou com estrondo à trave. Estava mais perto o terceiro golo da turma minhota do que a igualdade pacense.

Nem com Mota o Paços Ferreira alcançou o primeiro triunfo da temporada.