FC Porto e Schalke podem garantir esta quarta-feira a qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Um empate basta aos dragões para assegurarem a presença na fase a eliminar, enquanto uma vitória vale a passagem e o primeiro lugar deste grupo D.

O técnico dos dragões, Sérgio Conceição, considerou que os vice-campeões alemães estão em crescimento e assumiu que este é o desafio mais «difícil» deste grupo.

«O campeonato alemão é talvez o campeonato mais competitivo do mundo. O Schalke tem vindo a melhorar. No ano passado fez uma época extraordinária, foi vice-campeão. Este ano não começou tão bem, mas isso era de prever. Pela análise que fizemos antes do primeiro jogo, percebemos que o Schalke 04 é uma equipa fortíssima, tem como base um sistema tático diferente do habitual e que cria dificuldades às equipas. Sabe o que quer e é uma equipa objetiva. Arrisco-me a dizer que amanhã vamos ter o jogo mais difícil desta fase de grupos. É a minha sensação, mas estamos preparados para isso», começou por dizer o técnico, na conferência de imprensa que decorreu ao final da tarde no Dragão.

O grau de dificuldade do encontro é um desafio para os campeões nacionais, e Conceição aproveitou a ocasião para criticar quem «minimiza» os feitos da sua equipa.

«Para o FC Porto, para mim e para os jogadores é uma desafiante a forma como vamos estrategicamente encarar este jogo, condicionar e tentar explorar ao máximo as fragilidades deste adversário. Ouvi uma coisa fantástica depois do nosso primeiro jogo na Alemanha: um comentador sobre polémica desportiva dizer que o Schalke era mais fraco que o Qarabag... Não dou importância a isso, mas a forma leviana de falar nas televisões e de tentar minimizar os feitos do FC Porto deixam-me muito irritado. Não é normal. Temos um grupo bastante equilibrado e forte. Não apanhámos um tubarão, mas às vezes um grupo com um tubarão e dois golfinhos é mais fácil passar», completou Conceição, elogiando de seguida as palavras de Óliver Torres, que participou também na conferência de imprensa.

«Uma coisa importante que o Óliver disse aqui foi que se jogasse 10, 60, 90 ou zero minutos. Zero. Bola, como diria um amigo meu... Disse que estaria sempre com a equipa. Esse é um sentimento comum ao grupo de trabalho. Nisso temos um balneário muito forte», concluiu.