Sérgio Conceição concedeu uma extensa entrevista na qual avaliou Fernando Andrade, reforço do FC Porto, da relação com Rui Vitória, assumiu a ambição de ser bicampeão e de chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Pelo meio comentou o afastamento de Bazoer do plantel.

Em relação ao avançado do Santa Clara, o técnico portista considera que o jogador «tem perfil para uma equipa» como o FC Porto.

«Os bons jogadores fazem parte desse lote que pode interessar ao FC Porto, mas também temos de olhar para aquilo que é o FC Porto neste momento. Não podemos entrar em loucuras, acho que aquilo que está bem não é preciso mexer, mas poderá haver uma ou outra situação que poderá ser interessante em termos de alternativas, de soluções, temos de ajustar. O Fernando é um dos bons jogadores da Liga, um jogador interessante dentro daquilo que considero importante para uma equipa como o FC Porto», avaliou, numa entrevista ao «Record».

Os campeões nacionais igualaram o recorde de pontos do cube na fase de grupos da Liga dos Campeões e estabeleceram uma nova marca interna ao alcançarem cinco triunfos seguidos. O sorteio ditou que os azuis e brancos vão medir forças com a Roma, um duelo que Conceição concordou ser um «desafio interessante«.

«Voltar a Itália? É um gosto, um desafio para mim. Primeiro, porque vamos jogar os oitavos de final e quero fazer melhor do que na época passada e isso significa passar aos quartos de final. Depois, volto a uma cidade de que gosto muito, onde tenho boas recordações», disse.

Bazoer, lembre-se, está afastado da primeira equipa dos dragões desde o final de novembro. Ora Conceição não fugiu ao tema e revelou que os restantes companheiros não pediram a integração do médio holandês.

«Por vezes temos o vento, a chuva, o adversário, um dia menos inspirado, e se ainda temos cá dentro alguém que meta uma unha fora daquilo que é o nosso sentido, essa unha pode fazer a diferença no final do campeonato para não o ganhar. Foi isso que quis dizer e eles sabem disso, aquilo que foi o comportamento dele. Quando três ou quatro dias depois os capitães vieram falar comigo foram eles que disseram que pelo comportamento dele, não só naquela situação como noutras situações no balneário, não iam pedir que ele regressasse. Isto é para dar uma exemplo daquilo que é a mentalidade enraizada no grupo», referiu.

Se treinasse em Inglaterra, só com Rui Vitória é que o técnico dos azuis e brancos não beberia um copo de vinho depois do jogo? Conceição foi igual a si próprio, respondeu e justificou a razão para não aceitar.

«Não sei como seria em Inglaterra. Aqui já tive a oportunidade de explicar a situação. No jogo da Luz tive também a particularidade de ir ter com ele para o cumprimentar, ele achou que estava magoado comigo, que não me devia cumprimentar e a partir desse momento penso que não. O copo de vinho fica para os amigos», justificou